Estelar Origens: Prólogo

Estelar – origens

Prólogo:

TERRA, ANO 2059
“ERAM NOVOS TEMPOS. TEMPOS DE GUERRA. UMA GUERRA QUE HAVIA SE INICIADO HÁ MUITO TEMPO, HÁ CINQUENTA ANOS ATRÁS.
MEU NOME É DAN OLIVEIRA E SOU O LÍDER DA RESISTÊNCIA. NO ENTANTO, ALÉM DE LÍDER EU TAMBÉM SOU PAI. HOJE EU FAREI A COISA MAIS DIFÍCIL QUE UMA PESSOA COMO EU FARIA, ME LIVRAR DA COISA MAIS IMPORTANTE PARA MIM... MEU FILHO."
UM HOMEM, DE ARMADURA DE CORES AZULADAS, CAMINHA POR UM VASTO CORREDOR, EM DIREÇÃO A UMA SALA. ABRINDO A PORTA, ESTE VAI EM DIREÇÃO A UMA MULHER, CABELOS LOIROS, UNIFORME AZUL E PRATEADO E, COMO DETALHE MAIS MARCANTE, AS GRANDES ASAS BRANCAS. A MULHER SEGURAVA UMA CRIANÇA. O HOMEM DÁ UM BEIJO NA DESTA E DEPOIS COMEÇAR A CONSOLAR A MULHER, QUE CAI AOS PRANTOS.
- ACALME-SE, NAYZA, TUDO VAI SE RESOLVER.
“O NOME DELA É NAYZA KOVARIUS, IRMÃ DO HOMEM QUE FEZ TUDO ISSO ACONTECER. EU SIMPLESMENTE NÃO ME IMPORTO DE ONDE ELA VEIO OU SOBRE SUA FAMÍLIA. O MAIS IMPORTANTE É QUE ELA ESTÁ COMIGO AGORA...”
A MULHER, ENTRE OS SOLUÇOS DE SEU CHORO, VIRA-SE PARA TRÁS E PERGUNTA:
- VAI DEMORAR MUITO, RADIUM?
UM HOMEM, NEGRO, DE OLHOS NEGROS E ÍRIS VERDE, COMANDANDO UM TIPO DE MÁQUINA, RESPONDE:
- JÁ ESTAMOS QUASE PRONTOS, QUANDO VOCÊS QUISEREM.
- NUNCA PENSEI QUE ISSO PODERIA ACONTECER, MAS, JÁ QUE ESTÁ ACONTECENDO, QUE DEUS TE ABENÇOE, MEU FILHO.
“NAYZA ESTÁ SOFRENDO. É NORMAL, ELA ESTÁ SE SEPARANDO DO PRÓPRIO FILHO. MAS É PRECISO. É A ÚNICA CHANCE DE PARARMOS ESSA GUERRA... ANTES QUE ELA COMECE.”
- NAYZA, ESTÁ NA HORA.
- EU NÃO POSSO DAN, É MUITO DIFÍCIL PRA MIM.
- PRECISAMOS FAZER ISSO, QUERIDA. É PRO NOSSO BEM, E PRO BEM DO NOSSO FILHO TAMBÉM.
NAYZA FICA PARALISADA COM O BEBÊ EM SEU COLO. APÓS ALGUNS INSTANTES, ELA O ABRAÇA FORTE, BEIJANDO SEU ROSTO LOGO EM SEGUIDA.
- CERTO... – DIZ A MULHER, AINDA AOS PRANTOS, ENTREGANDO O FILHO AO MARIDO.
O HOMEM, AGORA COM O FILHO EM SEUS BRAÇOS, FECHA SEUS OLHOS, SOLTANDO UMA LÁGRIMA.
- VOCÊ VAI SER O MELHOR DE TODOS, MEU FILHO. MELHOR QUE EU, MELHOR QUE SEU AVÔ. ESTÁ NO SEU SANGUE. – ELE COLOCA A CRIANÇA EM UMA ESPÉCIE DE CÂMARA, QUE, APARENTEMENTE, COMPORTARIA DOIS BEBÊS, MAS NÃO ANTES DE LHE DAR UM BEIJO E COLOCAR UM CRUXIFIXO EM SEU PESCOÇO.
- É HORA, RADIUM. PODE LIGAR. – DIZ DAN, COM UMA VOZ PESAROSA, ABRAÇANDO SUA MULHER EM SEGUIDA.
RADIUM LIGA A MÁQUINA, FAZENDO COM QUE A TAL CÂMARA COMECE A REAGIR, EMITINDO UMA PODEROSA LUZ BRACA, QUE AUMENTA EXPONENCIALMENTE. DE REPENTE UM CLARÃO ENVOLVE A SALA, E DEPOIS DE ALGUNS SEGUNDOS, TUDO VOLTA AO NORMAL, APARENTEMENTE.
“NADA SERÁ NORMAL A PARTIR DE AGORA, PORQUE TODA VEZ QUE ESTIVER NO CAMPO DE BATALHA, EU VOU ME PREOCUPAR COM O BEM-ESTAR DO MEU FILHO. NÃO SEREI MAIS AQUELE LÍDER INABALÁVEL, PORÉM, EU SEI QUE O QUE EU FIZ FOI O CERTO. PARA MEU FILHO E PARA O MUNDO. ELE SERÁ O MAIOR, SERÁ O MELHOR DE TODOS. EU SEI DISSO, PORQUE ELE É O MEU FILHO.

...CONTINUA...