FHverso- O filme:
Alguns meses atrás:
Em uma vila remota de Nova Capital, chamada Novo Acre, um estranho fenômeno ocorre. Um objeto não identificado desce dos céus, indo em direção aos moradores do pacato lugar. Ao chocar-se com o chão, tal objeto é se abre, emanando uma espécie de luz. De dentro deste, uma figura surge, dizendo:
- Me ajudem...
Tempo atual:
É noite em Nova Capital. O vento sopra em direção a um homem que, ajoelhado diante da lápide de sua amada, deixa algumas lágrimas escaparem por seus olhos.
- Eu sei que ela significou muito pra você. Significou pra todos nós, mas temos que seguir em frente. – Diz um senhor que acabara de chegar. Seu nome era Rogério, coveiro-chefe do cemitério.
- Não posso Rogério, você sabe que não posso. Não até eu termina com tudo isso. – Logo, o homem pega sua jaqueta e ruma em direção a saída, no entanto, é seguro pelo braço.
- Você sabe que por esse caminho não há volta, Bruno.
Os dois olham-se com cara de poucos amigos e, ao soltar seu braço das mãos de Rogério, Bruno fala:
- Vi seu neto hoje, ele é bom. Espero que seja tão bom quanto você.
Fora do cemitério, Bruno encontra-se com outra mulher, totalmente encapuzada.
- E então, o que ele disse?
- Ele nunca nos ajudaria nisso, não é da índole dele. Estamos sozinhos nessa...
Dia seguinte:
O avião chega ao aeroporto internacional de NC. Um rapaz, de mochila nas costas e malas em suas mãos, sai do local rapidamente. Entretanto, um furgão preto entra no local, sendo guiado por alguns bandidos. O carro faz uma volta no saguão, destruindo tudo e chegando até a atropelar algumas pessoas. Na hora em que o veículo sairia do local, este é barrado por um grande construto de energia luminosa.
- Vocês tão ferrados, bando de trouxas. – Um jovem surge em frente aos bandidos.
No entanto, um dos bandidos consegue escapar e, com uma arma em punho, ameaça os civis do aeroporto. No entanto, o objeto começa a se mexer, saindo da mão do vilão e indo parar nas mãos de outra pessoa. Um rapaz, de capa verde e uniforme preto e verde, desce ao chão, indo em direção ao inimigo.
- Você não vai escapar. – Tal voz ecoa muitas vezes na cabeça do bandido, até que este desmaia.
- Belo trabalho, cara. Aliás, quem é você? – Pergunta, enquanto se aproxima do rapaz.
Este para um pouco e, após jogar a arma no chão, diz:
- Meu nome é Estelar.
- Legal, eu sou Luminos, bem-vindo à NC.
No mesmo dia, perto dali, um caminhão de bombeiros parte em direção a um grande incêndio. As chamas se alastravam por todo local. Os bombeiros, entre eles Donato Machado, vêem que seria impossível entrar no local. Uma mulher desesperada pede para que tirem seu filho recém-nascido de lá. O bombeiro corre em direção às costas do prédio, levantando seu machado com as duas mãos. De repente, um relâmpago surge dos céus em direção ao homem. No lugar do homem com uniforme de bombeiro, surge um homem alto, com um machado dourado na mão e relâmpagos trançando sobre seu machado. O homem, agora conhecido como Poderoso Xangô, o orixá do trovão, entra no prédio. As chamas nem sequer o machucam. Este salva a criança, a enrolando sob sua capa, a tirando dali.
Noite do mesmo dia:
Ao chegar em casa, o jovem Lucas Andrade, após um dia estressante na faculdade é abordado por seu avô, ao abrir a geladeira:
- E como foi hoje, Luminos?
O garoto olha para trás, surpreso com a descoberta de seu avô.
- Como o senhor...?
- Como eu descobri? Eu fui que nem você na sua idade se lembra? Também fui um herói como você é agora. Sei por tudo o que está passando.
- É, eu me lembro que o senhor contava suas histórias de quando era herói. E sempre falava pra eu nunca virar um herói.
- E, como sempre, você nunca me escuta.
De repente, o velho ouve o barulho da porta. Do outro lado, uma velha conhecida do homem.
- Lucas, me dê licença. – Diz o senhor, enquanto vai em direção à porta.
Rogério abre a porta para a mulher. Esta entra, indo em direção à sala, sentando no sofá.
- O bom é que você nem faz cerimônia, não é, Amanda?
- Não temos tempo, o assunto é sério. É sobre o Bruno.
- Ele ainda está com aquela obsessão? Aquilo vai destruí-lo, Amanda.
- Não é sobre isso. Bruno possui alguns contatos no exército ainda. Ele descobriu uma coisa muito estranha que ocorreu a alguns meses em Novo Acre. Parece que o governo mantém algo escondido do povo. Estão estudando uma forma de vida muito diferente das normais.
- Do que você está falando? Meta-humanos?
-Não... É sobre aliens...
Dia seguinte:
Em um ônibus que ia em direção à faculdade, o jovem Deivid, conhecido como o recém-chegado herói Estelar, olha fixamente para a foto de uma antiga amiga. O rapaz, atordoado, respira fundo e nota uma estranha movimentação nas ruas. Sua cabeça começa a latejar. O rapaz dá sinal e desce do ônibus, seguindo em direção ao centro.
No centro, uma grande festa de inauguração é apresentada, como o intuito de inaugurar o prédio da Azul Tecnologia, indústria farmacêutica governamental de grande porte.
No palanque, o Presidente Henrique Montenegro fazia seu discurso, sendo acompanhado de alguns dos cientistas e soldados. Ao seu lado esquerdo estava o empresário Bernardo Rodrigues, presidente de uma das maiores empresas de tecnologia da América Latina, a Eletrojoule, detentora da tecnologia Enerjoulium. Também é conhecido por menino prodígio por ter alavancado sua carreira à um nível tão grande em tão pouco tempo, se tornando uma das maiores mentes tecnológicas do país. À seu lado está Marcelo Abraão, vice-presidente das empresas Alvorada, rival da Eletrojoule, e um dos maiores negociadores do país.
No entanto, algo estava errado. No alto de um dos prédios próximos, um homem, de capuz e armadura, com uma arma de alta-precisão na mira do palanque, espera por algo. Com sua máscara em forma de caveira, o homem observa tudo ao seu redor. De repente, algumas pessoas, saídas do meio da multidão que se formara, correm em direção ao palanque, empunhando armas e fazendo os civis de reféns. Uma batalha se inicia e, por não estarem avisados, alguns soldados são baleados. O homem em cima do prédio começa sua investida, atirando nos suspeitos desconhecidos. A maioria destes é abatida, no entanto, um se mantém de pé e, frente a frente com o presidente, saca sua arma, apontando-a para a cabeça do homem. Neste instante, porém, o mesmo rapaz que ajudara a prender os bandidos no aeroporto, derruba o vilão, que cai desacordado. A imprensa tenta chegar ao local, enquanto o rapaz olha para o alto, vendo o homem sinistro fugindo. Segundos depois, este também segue seu rumo.
Na mesma noite, o tal homem de máscara horrenda chega ao seu esconderijo, denominado “A Cova”. Seu nome é Francisco Fiorini, mais conhecido como Caveira, vigilante noturno que tenta manter a paz nas ruas de Nova Capital. Este tira sua máscara e tão logo joga um punhado de água em seu rosto.
- É sempre assim, de dia um pacato mecânico e de noite um vigilante. Essa cidade tá perdida. – Diz, a si mesmo, o homem, enquanto muda de roupa.
Nos laboratórios da empresa recém-inaugurada mais cedo, o General Soles, junto do Doutor Carmona, cientista chefe dos laboratórios, analisam uma amostra de sangue.
- Então, Doutor, o que me diz disso?
- Bem, General, as amostras são muito inconsistentes. Não há como tirar conclusões apenas com uma amostra de sangue.
De repente, antes que o general pudesse dar alguma resposta, seu telefone toca.
- Sim?
- General, recebemos uma transmissão estranha nos nossos comunicadores. Precisamos do senhor aqui.
O homem, desligando seu telefone, se dirige ao doutor, dizendo:
- Vamos terminar nossa conversa mais tarde, Doutor. – Diz, saindo pela porta logo em seguida.
Alguns minutos depois, já no setor militar, o General ouve a gravação da transmissão. Com alguns ruídos, a mensagem é reproduzida:
- Habitantes da Terra... Meu nome é Darius Nassyr e eu sou líder de campo das tropas kovarianas. Venho como um intermediário para uma negociação. Vocês possuem algo que nos pertence e a queremos de volta. Por favor, colaborem conosco que colaboraremos com vocês. No entanto, se nosso ínfimo pedido não for concedido, não nos responsabilizaremos por nossos atos. Vocês possuem 72 horas terrestres para decidirem se querem paz... Ou guerra.
- O que o senhor acha, general?
- Eu acho que isso é uma grande piada e eles te fizeram de babaca, soldado. Se ele fosse um alien de verdade, não saberia falar nossa língua tão bem. Se ele entrar em contato novamente, diga que não recuaremos. Agora preciso ver o presidente. – Diz o homem, enquanto sai do local, com bastante irritação.
Dia seguinte, Vila Novo Acre:
Quatro pessoas estão reunidas no pacato vilarejo. Rogério Andrade, coveiro chefe do cemitério Campo da Boa Esperança, Lucas Andrade, seu neto e Bruno dos Santos e Amanda Andrade, seus antigos colegas. No entanto, o clima não é nem um pouco amigável entre eles.
- Diga logo o que você quer, Bruno. E o porquê de você fazer tanta questão que meu neto esteja aqui também.
- Meus contatos no exército dizem que o tal alien apareceu aqui. Talvez nós possamos encontrar alguma coisa se procurássemos por aqui.
- Você não entende, não há nada pra procurar. Eu não sou mais um herói, Bruno. Os Bem-Feitores não existem mais. Acabou tudo e só vocês dois não se deram conta disso. – O velho, bastante irritado, coloca sua mão no peito.
- Opa, vovô, calma ae, olha o coração. – Diz Lucas, amparando seu avô.
- Desculpe Rogério, mas eu tenho que te dizer uma coisa: Eu só o trouxe aqui porque sabia que você não deixaria seu neto vir sozinho. A verdade é que você está muito velho pra exercer sua função heróica. Mas seu neto, ele é... cheio de vida. Ele é como você no passado. É dele que precisamos... Desculpa velho amigo.
Rogério olha para seu antigo colega e, com um tom alto, retruca:
- Você não vai levar meu neto pra esse caminho. Não tem o direito de desgraçar a vida dele, assim como eu fiz com a minha.
- Opa, peraí coroa, você não acha que eu também tenho o direito de opinar sobre isso?
Enquanto os três discutiam, Amanda olha atentamente para o céu. Neste momento, um objeto não identificado ruma em direção aos quatro.
- Gente, temos problemas. – Diz, enquanto corre em direção ao carro.
Bruno logo começa a congelar seu corpo, enquanto Lucas, após esconder seu avô, começa a brilhar repentinamente. O homem atira uma rajada de gelo contra o estranho objeto, porém não surte efeito. Lucas alça vôo, perseguindo-o, que revela ser uma espécie de nave espacial de um passageiro. O rapaz lança algumas rajadas de energia luminosa, conseguindo acertar a traseira do veículo. A nave começa a cair rapidamente, indo em direção à Rogério, que estará escondido até aquele momento. Bruno corre em direção ao velho amigo, fazendo uma barreira de gelo, a fim de protegê-los do impacto. Entretanto, antes que possam ser atingidos, a nave explode em pleno ar. Amanda, que havia sumido no momento do ataque, ressurge, equipada com uma armadura de alta-tecnologia.
Lucas corre em direção ao avô, tentando ver se estava bem. Bruno se levanta e, segurando um dos braços, diz:
- Está vendo o porquê de precisarmos tanto de você, Lucas? Granizo e Fabricadora não conseguem resolver tudo sozinho. Precisamos de um Vigilante Dourado, como seu avô. Precisamos de você.
- Eu já disse que... Você não vai levar meu neto... Pra esse caminho. – Diz o senhor, bastante debilitado.
- Ei, vovô, eu acho que essa decisão é minha e... Eu aceito. Afinal, alguém tem que cuidar dos idosos. – O rapaz ri, enquanto aperta a mão de seu novo companheiro de equipe.
Algumas horas depois, na sede das empresas Azul Tecnologia, um grupo se reúne composto por: General Soles, Bernardo Rodrigues e Marcelo Abraão, junto do Doutor Carmona.
- Algumas horas atrás meus homens recolheram um monde destroços em Novo Acre. Após os cientistas analisarem, descobriram que o metal presente nessa nave não é encontrado em nenhuma parte do planeta. Estamos lidando com uma ameaça a níveis extraterrestres, meus caros.
- Ahn... Tá bom general. E quando você encontrar com o Papai Noel, pergunta pra ele porque até hoje eu não ganhei minha Ferrari. – Diz Bernardo, com um tom irônico, enquanto analisa os relatórios.
Antunes se aproxima no rapaz e, dando um tapa na mesa, retruca:
- Essa é uma situação séria, rapaz. Eu não falaria isso se não tivesse plena certeza do que estamos falando.
- Olha, ameaças biológicas, bombas nucleares, até meta-humanos eu entendo, mas isso de alien é piração demais. Por que você não chama o Capitão Kirk pra resolver essa situação? – Diz o rapaz, ao se levantar, peitando o militar.
- Ora, senhores, vamos nos acalmar, sim? Vamos discutir esse problema como pessoas civilizadas, certo? – Diz Marcelo Abraão, com uma voz serena.
Ambos então se sentam em seus devidos lugares, no entanto, visivelmente nervosos com o ocorrido. Bernardo, visivelmente estressado, retira um frasco de seu bolso. O rapaz toma uma pílula e logo em seguida guarda o frasco em questão. Ao tentar retomar seu raciocínio, Soles é pego de surpresa pelo toque de seu celular. Prontamente, o militar o atende:
- General Soles falando. O que? Como vocês deixaram que isso acontecesse? Eu vou arrancar o coro de vocês, seus imprestáveis! – Após o ocorrido, o general sai da sala, sem dar a menor explicação a seus colegas, que ficam curiosos com tal ligação.
A noite surge rapidamente. Após prender alguns estupradores em um beco ali perto, Caveira ruma em direção ao seu esconderijo. Pulando prédios, passando por vielas, se escondendo entre as ruas obscuras da cidade, finalmente o homem chega ao seu covil. Este retira sua máscara, rumando ao espelho. Caveira, alter-ego de Frank, joga água em seu rosto e, após se trocar, tenta dormir. Em vão. Sua mente o atormenta. Não é a primeira vez. Dor, sofrimento... Morte. Todas as noites seus pesadelos voltam a atormentá-lo, não o deixando dormir, fazendo sempre com que ele volte para as ruas.
”Eu já fiz muita coisa errada nessa vida, mas achando que era o certo a se fazer. Matei pessoas, trouxe sofrimento aos familiares de minhas vítimas. Tudo a mando de um grupo de canalhas que se intitulava como o governo... Mas hoje isso é diferente. Hoje eu tenho que pagar por todo mal que eu fiz.”
Setor Militar, alguns minutos depois:
Profundamente irritado, o general entra na sala de comunicação, procurando por um dos soldados. Quando o encontra, Soles o joga na parede, querendo explicações:
- O que aconteceu aqui, seu pedaço de asno? Como puderam deixar ela escapar? Será que eu tenho que vigiar essa merda sozinho? – Logo Antunes solta o rapaz, que se recompõe e começa a relatar o ocorrido.
Soles, após ouvir o relato de seu soldado, pega seu telefone, porém, antes mesmo que pudesse discar, este é interrompido por outro soldado.
- Senhor, estamos recebendo outro sinal, igual ao daquele dia.
- Abra o canal. Vamos todos ouvir. Não quero passar como único maluco por aqui. – Diz o homem, enquanto o soldado atende seu comando.
De repente uma imagem aparece na tela do salão. Um homem, de pele mulata, olhos vermelhos e postura autoritária surge em frente aos soldados.
- Quem é você?
- Meu nome é Darius Nassyr, líder das tropas kovarianas. Creio que o senhor recebeu minha mensagem. Mandamos um de nossos soldados a fim de fazer uma missão reconhecimento, sem a mínima intenção de causar mortes civis, entretanto, seus soldados o abateram sem nem pestanejar.
- Do que está falando? Que nave, que soldados? Eu nunca dei essa ordem!
- Agora se preparem, não teremos a menor piedade de vocês, reles humanos.
O homem desliga sua comunicação com o local. O silêncio impera por alguns instantes na sala, até que o militar retoma a palavra:
- O que estão esperando? Acionem as tropas! As coloquem nas ruas imediatamente!
Manhã seguinte:
A cidade amanhece sitiada. O exército “passeia” pelas ruas. As pessoas, sem entender o que ocorre, começam a se preocupar, achando que se trata de um ataque terrorista. Em meio a tudo isso, o jovem Deivid Oliveira corre em direção ao ponto de ônibus, no entanto, esbarra sem querer em uma pessoa. Ao se recobrar, o rapaz nota que não era uma pessoa qualquer. Cabelos loiros, armadura dourada, uma espécie de pingente pendurado no pescoço e, sobretudo, asas. A moça, bastante debilitada, diz:
- Me ajuda, por favor...
- Mas quem é você? O que está havendo? – Pergunta o rapaz, enquanto a apóia em seus ombros.
- Meu nome é... Nayza Kovarius. Sou princesa renegada do planeta Kovar, desconhecido entre vocês terráqueos. Eu vim para esse planeta pedir por asilo, mas fui capturada por seu exército e mantida em cativeiro. Mas consegui fugir. – Diz a moça, com muitos ferimentos por todo corpo, assim como marcas de agulhas e uma de suas asas machucadas.
Deivid, espantado, olha diretamente para o rosto da jovem, dizendo apenas:
- Nayza?
A moça se levanta, enquanto o rapaz permanece intacto. Neste momento, uma estranha movimentação ocorre nos céus. As pessoas, ainda tensas com o exército nas ruas, acham que são helicópteros dos mesmos. No entanto, enquanto se aproximam mais, os objetos voadores são vistos com mais nitidez, mostrando ser alguma espécie de naves espaciais. Amedrontada, a população se desespera. Pessoas correndo, se atropelando, não dando chance de umas as outras respirarem. Enquanto isso, Deivid tenta carregar a jovem Nayza para um lugar seguro.
- Venha comigo. – Diz o rapaz, enquanto a leva para uma casa próxima. Este a deixa em um sofá do lugar e logo depois diz: - Pronto, estará segura aqui, eu espero... – Logo após esses dizeres, o jovem corre em direção à porta, sumindo da vista da jovem.
Por toda a cidade as pessoas se desesperam. No entanto, encima de um dos prédios desta, duas pessoas olham atentamente para o céu.
- Começou o que eu estava rezando para não acontecer.
- Acabamos com um deles, Bruno. Você acha que eles iriam deixar por isso mesmo?
- Você está certa. Vamos agir então.
- Enquanto ao Luminos? Não vamos chamá-lo desta vez?
- Acho que ele já deve estar devidamente avisado.
Por toda cidade o caos toma conta das pessoas. Da janela da sala, Rogério vê toda aquela multidão desesperada. O coveiro olha para cima e nota a presença de uma grande frota de naves. Rapidamente, o homem corre na direção do quarto de seu neto. Ao chegar ao local, vê o garoto voando em direção ao centro da cidade. O senhor então diz apenas algumas palavras, em tom baixo:
- Se cuide, meu neto...
Em outro canto da cidade, no corpo de bombeiros, os bombeiros vêem toda a calamidade que tomou conta da cidade. Com medo do que está por vir, Donato se equipe e vai para as ruas, sem esperar por seus companheiros.
- Ei, Donato, onde você vai?
- Eu preciso ir agora, Jonas. É uma questão muito importante que eu tenho que resolver.
- Mas a cidade tá um caos.
- É por isso mesmo que eu tenho que ir. Boa sorte a todos. – Diz o homem, enquanto segue seu caminho, em meio a multidão.
No centro da cidade, mais precisamente na oficina chamada Autocar, o dono, Frank, olha para os céus e vê o caos que tais objetos voadores causaram a cidade. Ao ver que uma senhora seria alvejada por uma das tais naves, o homem corre em direção a esta, salvando-a, mas levando um tiro de raspão no decorrer do processo.
- Se esconde em algum lugar seguro, senhora. – Diz o homem, enquanto volta correndo para sua oficina.
A investida começa. As naves kovarianas começam a atirar contra os civis, construções e o exército. Em contrapartida, as forças armadas revidam os ataques, ou pelo menos tentam. Uma esquadrilha da FAB voa em direção às naves inimigas. O embate começa. Algumas naves kovarianas são abatidas no processo, no entanto, o lado que sai em desvantagem no primeiro embate é dos humanos.
Uma das aeronaves da FAB segue em combate, no entanto, erra seu tiro, atingindo um dos prédios próximos. Os destroços caem rapidamente, com o risco de cair em cima das pessoas que ali estavam. Porém, quando não mais havia escapatória para esses inocentes, os destroços param em pleno ar. Um rapaz, de trajes verdes e pretos, usando uma máscara, surge no local, descendo tais escombros cuidadosamente. Logo em seguida, este voa em direção às naves. Em contrapartida, duas dessas voam, com a intenção de anular o herói. Neste momento, estas são atingidas por dois raios luminosos, destruindo suas traseiras. Luminos acaba de chegar e logo vai cumprimentar o companheiro de “profissão”.
- Ei, você era o cara do aeroporto, né? Como é mesmo seu nome?
- Meu nome é Estelar, mas não temos tempo pra conversa... – Diz o rapaz, enquanto os dois se separam, evitando os projéteis vindos das naves inimigas.
Em outra parte do centro, Granizo e Fabricadora lutam contra mais uma dúzia de inimigos. Granizo, usando de suas rajadas congelantes, consegue abater alguns inimigos, enquanto Fabricadora termina o serviço, com seus canhões energéticos presentes em seus braços. Neste instante, uma grandiosa nave paira nos céus de NC.
- Parece que eles chamaram reforço, Bruno. Não está ficando nada bom. – Diz Fabricadora, voando, com o auxílio do jato em suas costas.
- E quando esteve bom para nós, Amanda? – Responde Granizo, em um tom irônico.
Os dois voltam a se concentrar em suas próprias lutas, quando mais naves se aproximam. Ao chegar o momento certo, Granizo pula em cima de uma delas, e, em um golpe arriscado, congela o motor da aeronave, impedindo seu funcionamento.
Não muito longe dali, Caveira luta contra mais um punhado de kovarianos, em meio a destruição que se iniciara. Ao ver duas naves vindo em sua direção, o homem espera o momento certo e pula encima destas. O herói cadavérico, usando sua extrema perícia em lutas, derruba com muita facilidade um dos dois e, rapidamente, atira no segundo. Uma das naves, descontrolada, voa em direção ao prédio das empresas Eletrojoule, do empresário Bernardo Rodrigues.
Dentro do lugar, o jovem, junto de seu rival, Marcelo Abraão, espera a batalha que ocorre lá fora terminar.
- Tem certeza de que aqui é o melhor lugar para ficarmos numa situação dessas? – Pergunta o homem, incrédulo com o plano do rapaz.
- Pode ter certeza que sim. Se sairmos daqui agora, podemos ser pegos pela guerra que está acontecendo lá fora. Aliás, se você achasse que não seria uma boa idéia, teria ido embora faz tempo. – Diz o rapaz, com um tom impertinente.
Neste instante, a nave onde Caveira estava se choca contra o prédio, o jogando contra uma parede. Bernardo também é pego pelo choque. Alguns escombros caem encima do jovem que, apenas com alguns ferimentos leves, pede ajuda a seu companheiro e rival:
- Abraão, me tire daqui! Me ajude! – No entanto, o homem, ao ver que mais naves se aproximavam do local, corre em direção à saída, deixando Bernardo à mercê dos inimigos. - Abraão, seu filho da mãe, volte aqui! – Diz o rapaz, tentando se livrar dos escombros.
Dois soldados kovarianos descem de suas respectivas naves, indo em direção à Caveira, caído, aparentemente desacordado. Quando um dos dois aponta sua arma para o herói cadavérico, este, em um movimento extremamente rápido, o derruba, atingindo o outro logo em seguida. No entanto, mesmo com toda sua perícia, o homem não nota a chegada de mais um soldado, que o atinge com um projétil energético. Caveira cai no chão, sentindo uma forte dor em seu ombro. Quando o soldado está prestes a lhe dar um último golpe, é atingido nas costas por Bernardo que, logo depois ajuda Caveira a se levantar.
- Então, você está bem?
- Eu sei me cuidar sozinho.
-“De nada, senhor Rodrigues, aliás, gostei muito da sua entrevista na TV outro dia”...
- Escuta aqui, riquinho, por que você não volta pra merda da sua mansão e chama umas putas pra te satisfazerem? Deixa isso com os profissionais. – Diz o homem, enquanto pula da janela do prédio.
Bernardo rapidamente corre em direção a esta, sem notar mais a presença de ninguém.
Na sala principal do setor militar, o general Soles, junto de mais alguns oficiais, continuam a planejar seus ataques contra a invasão kovariana.
- General, já temos mais equipes das forças armadas prontas para o ataque. Estão apenas esperando suas ordens.
- Me coloque em comunicação com o líder da esquadrilha. – Soles, então, entra em contato com o líder do ataque.
- Aqui é o tenente Rainer Felipe, senhor. Estamos prontos para o ataque contra as naves inimigas.
- Ok, tenente Rainer, porém, não ataque as naves menores, seu novo alvo é a nave maior, que paira sobre o céu da cidade. É de lá que essas porcarias de naves inimigas estão vindo.
- Entendido, senhor. Vamos atacar a nave-mãe. Rainer desliga!
De volta ao campo de batalha, algumas pessoas ainda perambulavam pelo local. Granizo, entretido em sua batalha, não nota que mais naves inimigas se aproximavam dessas pessoas. Entretanto, antes que pudessem atacá-las, os inimigos são atingidos por fortes relâmpagos, que perfuram seus meios de transporte, explodindo-os em pleno céu. Uma figura alta, negra, com um machado em sua mão direita, rodeado de raios, desce dos céus, com uma postura imponente. Ao chegar ao chão, o homem passa a mão na cabeça de um garotinho que ali estava e, em seguida, vira-se para as tropas inimigas:
- Seus tempos de vilania acabaram, vis criaturas.
Neste instante, um relâmpago corta os céus, destruindo as naves restantes. Uma breve calmaria toma conta da cidade, completamente destruída. Entretanto, minutos mais tarde, após os heróis se reunirem, aeronaves da FAB cortam os céus, indo em direção à gigantesca nave que paira acima da cidade.
- Mas o que diabos eles tão fazendo?
- Vão atacar a nave-mãe. Mas pelo que eu vi das naves menores, vai ser chover no molhado. – Diz Caveira, chegando ao campo de batalha.
No setor militar, Bernardo consegue, furtivamente, entrar na sala principal.
- O que está acontecendo, general?
- O que você está fazendo aqui, moleque? Isso é uma área privada, como conseguiu entrar aqui?
- Vocês vão atacar aquela nave? Isso não vai adiantar, general.
- General, aqui é o tenente Rainer. Estamos prontos para o ataque, só esperamos sua ordem.
- Ok, tenente Rainer, já a tem.
- Isso é um erro, general. Um grande erro...
As aeronaves vão em direção a nave-mãe kovariana. Entretanto, esta começa a abrir uma grande comporta, revelando um grande canhão. Este mira em uma das naves, atingindo-a em cheio. Os destroços voam por toda parte.
- Mantenham posição, mantenham posição! – Diz o rapaz, ainda em posição de combate.
Dessa vez, o canhão aponta para o próprio tenente. O disparo, dessa vez, não é certeiro, atingindo uma das asas da aeronave. Esta cai rapidamente, enquanto o homem tenta ejetar seu banco, sem sucesso. A poucos metros do chão, Rainer já desiste de tentar escapar, mas é socorrido por Estelar, que, usando de sua telecinese, consegue tirá-lo do avião.
- Valeu!
- Disponha. – Diz o rapaz, ao colocá-lo no chão.
Rainer pega uma das armas dos kovarianos e, fazendo gestos para que seus companheiros soldados evacuem a área, começa a atirar nos soldados kovarianos sobreviventes.
- Mas que droga! – Esbraveja o general Soles.
- Eu disse que não daria certo. Mas você não escuta. É muito cabeça dura.
- Escuta aqui, seu moleque impertinente, eu já estou cansado de você e de toda sua arrogância. A minha vontade é de quebrar esse seu rostinho de garoto propaganda! – Diz o homem, pegando Bernardo pela gola da camisa. Entretanto, Soles é interrompido por um soldado que mostra imagens em tempo real do que está acontecendo no centro da cidade. - Mas o que é isso? – Pergunta o homem, ao ver uma figura saindo de dentro da nave.
Ao chegar ao chão, o homem misterioso olha para os heróis, perfilados um ao lado do outro.
- Eu sou Darius Nassyr, líder das tropas kovarianas. Então são vocês que estão por trás de tudo isso. Bando de humanos medíocres.
- Me chamou de quê, ô filho da p... – Porém, antes de terminar sua frase, Luminos é interrompido por Xangô.
- Quem és tu, inimigo de meu povo? Sinto uma profunda aura maligna emanando de ti.
- Não tenho tempo para suas conversas, guerreiro terráqueo. Precisamos limpar este planeta da escória que é sua população. – Diz o homem, enquanto avança em direção à Xangô
O herói também vai em direção ao homem. O embate começa. Xangô tenta acertar seu inimigo com o seu machado Oxê, mas este consegue conter o golpe. Os dois agem com uma força incrivelmente fora do comum. Os relâmpagos do machado começam a triscar a pele de Darius, que sente e recua. Xangô, vendo a oportunidade certa, usa o cabo de seu machado para golpear a barriga do oponente, logo depois, o joga para longe com um golpe certeiro.
- Agora é a minha vez! – Diz Luminos, enquanto voa em direção ao inimigo.
- Luminos, espere! – Mas o aviso de Granizo é em vão.
- Vocês vão ficar esperando aqui que nem um bando de Zé ruela ou vão ajudar? – Diz Caveira, enquanto corre na mesma direção.
Estelar, por sua vez, também voa a fim de assegurar que seus companheiros na batalha não sejam pegos desprevenidos. Por último, Fabricadora, ao lado de Granizo, diz:
- Eles estão certos, Bruno, não podemos ficar aqui sem fazer nada. Temos que ir e ajudar. – E vai junto dos outros
O homem de cabelos grisalhos, paralisado, não sabe o que fazer diante de uma situação como essa. Ele nunca havia enfrentado um sujeito tão poderoso. Estava velho, não tinha mais o mesmo fôlego. Até que, de repente, o homem ouve um grito. Era Amanda, a Fabricadora. Neste instante, sentindo que sua amiga estava em perigo, o homem se lembra de sua esposa, outro antigo membro dos Bem-Feitores, e parte para a luta junto de seus companheiros.
A alguns metros dali, o tenente Rainer, que fora resgatado por Estelar após sua investida contra a nave mãe kovariana, se vê cercado por um grupo de soldados inimigos. Quando este estava prestes a se render, os vilões são pegos por um grande número de tiros, sendo atingidos em cheio. Era Bernardo, que havia saído do setor militar a algum tempo. O rapaz, logo após abater alguns inimigos, sente um súbito mal-estar, pegando um frasco em seu bolso. Neste instante, o rapaz é alvejado em sua mão por um soldado kovariano, fazendo o tal pote cair. Rainer atira no inimigo e vai correndo ajudar o empresário.
- Ei, você está bem? – Pergunta o rapaz, enquanto ajuda Bernardo a se levantar.
- Corra... E se esconda... – O jovem começa a brilhar.
Rainer, ao ouvir o empresário, corre para um lugar seguro, a fim de esconder, enquanto mais uma legião de soldados kovarianos surge. Neste instante, uma grande explosão acontece, destruindo todo o local. Após alguns instantes, Rainer reaparece e, vendo o rapaz debilitado, com suas roupas rasgadas, o apóia em seus ombros e o leva a um lugar seguro.
Ao chegar ao outro lado do campo de batalha, Granizo vê os heróis caídos. O único de pé era Xangô, no entanto, o oponente era poderoso demais. Granizo cerra os punhos e, direcionando suas mãos para frente, atira uma poderosa rajada criocinética. Xangô, no último minuto, ao perceber o golpe de Granizo, se esquiva. A rajada de gelo atinge Darius em cheio, congelando-o.
Os heróis, muito debilitados, se agrupam, enquanto Caveira chega perto da, agora estátua de gelo em que Darius se transformou.
- Seu filho da puta. – Diz o homem, cuspindo em seu rosto de gelo.
- Conseguimos, Agente 89. – Diz Granizo, soltando um sorriso para o companheiro.
- Como você sabe sobre isso?
- Eu vi seus movimentos. São iguais aos do homem que quase nos matou no passado. Posso ser velho mas tenho boa memória.
- Ele é aquele cara que quase nos matou? Vamos acabar com isso então, Bruno! – Diz Fabricadora, partindo para cima de Caveira.
- Escutaqui. Eu não tenho tempo pra isso agora, entendeu? A gente ainda não limpou o chão com a cara desses viadinhos. Depois você pode me baixar o safarro se quiser.
A mulher, bastante alterada com o que acaba de descobrir, tenta partir pra cima de Caveira, no entanto, Estelar dá um alerta:
- Pessoal, acho que ainda não acabou...
O gelo que mantinha Darius preso se rompe, causando sua libertação. Irado, o vilão voa para cima dos heróis, cambaleantes, mas é parado por Xangô. A raiva de Darius parecia aumentar ainda mais sua força, que se tornara descomunal. O vilão, em um ato inesperado, arranca o Oxê das mãos de Xangô. No entanto, o machado cai no chão. Neste instante, Estelar tenta atacar o vilão, mas é detido e jogado para longe. Luminos solta uma rajada de luz, mas Darius desvia, fazendo com que esta atinja Granizo. Logo depois, o vilão voa em direção à Luminos que tenta escapar, em vão. O inimigo o segura pelo uniforme e o golpeia com força. Logo depois, o rapaz é jogado para longe, se chocando contra uma das poucas paredes intactas. Fabricadora tenta atacar o vilão pela frente com suas balas energéticas, mas é em vão. Darius se aproxima cada vez mais da mulher. De repente, o homem voa em direção à ela, mas é impedido por Caveira, que se joga na frente desta, impedindo o ataque de Darius.
- Por que salvar a vida de quem tentou te matar?
- Porque eu também já tentei matá-la. Pelo meu ponto de vista estamos quites.
O Capitão Kovariano, com uma força amedrontadora, dá um soco em seu adversário. Caveira voa longe, mas consegue se esquivar de uma colisão feia com alguns destroços. Mesmo assim, o herói cadavérico cai de mau-jeito, ficando desacordado.
Darius, de frente para Fabricadora, dá um tapa na mulher, fazendo-a cair com a força do golpe.
- Levante mulher! Nossa luta ainda não terminou.
Quando Darius levanta seu pé, tentando pisotear Fabricadora, este é segurado por um homem, negro, vestido com um uniforme de bombeiro.
- Quem é você? – Pergunta o vilão, sem obter resposta. Até que este olha para a direção em que estava o Oxê, e só vê uma machadinha de bombeiro. - Ora, então é isso. O grandioso campeão da Terra é apenas um reles humano. Que coisa patética.
Darius levanta o homem do chão, segurando seu pescoço. O homem cerra seus punhos e joga seu braço direito para trás, no entanto, quando está prestes a acertar a barriga do pobre homem, uma voz ecoa pelo local:
- Pare Darius! – Diz Nayza, a garota que Estelar havia ajudado na invasão, ainda debilitada. - Pela autoridade de Kovar, não o ataque!
- Não estamos em Kovar, princesa. Aliás, uma princesa renegada não pode outorgar ordem nenhuma. Nem fora, nem dentro de sua jurisdição.
Darius caminha em direção à garota, que ainda debilitada, se escora em uma parede.
- Não se atreva a dar mais um passo, Darius, isso é uma ordem.
- Ou o que, princesa? Vai mandar me prender? Sabe, é tão fácil forjar uma morte em um lugar tão distante como esse planeta. Eu posso dizer que os seres da Terra a usaram como experimento, e quando terminaram a assassinaram. Sabe, isso deixaria seu pai muito abalado. Acho que ele ficaria tão furioso que talvez invadisse esse planeta com mais ferocidade do que eu.
- Sua intenção nunca foi me levar de volta, não? Sua intenção era conquistar esse planeta, seu canalha. – Diz a garota, enquanto vê Estelar se levantando. Ela faz um ínfimo gesto com sua cabeça, e o rapaz percebe na mesma hora.
- Você é bem esperta, hein princesa. Claro que eu não dou a mínima pra você, sua bastarda. Meu objetivo é expandir o império kovariano ao máximo. – Darius começa a andar em direção à garota novamente, entretanto, é forçado a parar.
Quando o vilão olha para trás, Estelar o está segurando com sua telecinese.
- Espera me parar com esse truquezinho, garoto? – Diz o homem, se desvencilhando dos poderes do telecinético.
Darius voa em direção ao garoto, que ainda tenta usar seus poderes, em vão. O inimigo o pega pelo pescoço, o levantando. Neste momento, o rapaz sorri, sem nenhuma explicação.
- Hehe... Pra um cara que se acha tão fodão, Você é bem burro, hein? – Darius olha para trás e nota a presença de outra pessoa.
- Ei, Dábunda, olha o passarinho! – Diz Luminos, usando de seu poder fotocinético nos olhos de Darius.
O vilão kovariano, sentindo fortes dores em seus olhos, larga Estelar, não notando a aproximação de Granizo, que congela seus pés. Fabricadora surge logo a seguir, lançando suas balas energéticas contra o vilão, que sem poder enxergar, não consegue desviar, sendo atingido em cheio. Logo depois, Caveira usa suas técnicas de luta, fazendo o homem cair. Quando se levanta, Darius, ainda tentando recobrar sua visão, não vê Xangô se aproximar. O homem joga Darius longe, com um golpe certeiro. Estelar, por sua vez, usa sua telecinese para Pará-lo em pleno ar, enquanto Xangô invoca um relâmpago que acerta o kovariano em cheio. O corpo do vilão desaparece em pleno ar, deixando apenas fumaça.
Ao verem que havia acabado os militares comemoram bastante, exceto o general Soles que, coçando sua barba, permanece sério e compenetrado, vendo que o trabalho das forças armadas foi ineficaz contra a invasão.
Os heróis se entreolham, com expressões de alívio, misturadas com abatimento. Neste instante, Nayza cai, mas é socorrida prontamente por Estelar, que a olha de um jeito peculiar.
- Pois é, só faltou eu beijar a loira no final. – Estelar olha para o garoto com cara de poucos amigos. - Ué, o que foi? Disse alguma coisa errada?
- Você sempre diz a coisa errada, garoto. – Diz Rogério, que acabara de chegar ao local, totalmente destruído.
Granizo vai em direção ao homem, que o espera, já sabendo o que seu companheiro irá dizer.
- Você estava certo, Rogério. Não adianta ficar insistindo com isso. O mundo não é para os super-heróis.
- Repita isso de novo que eu serei obrigado a te bater, Bruno, como nos velhos tempos. Olhe só pra essas pessoas. Elas tem potencial para serem iguais à nós, ou melhores ainda. Mas precisam de alguém pra guiá-los. Você e Amanda têm tudo pra formar uma equipe grandiosa, que ajudaria o mundo, pregando a justiça.
Granizo olha para o semblante de seu companheiro e compreende o que este quer dizer. Logo após os dois vão ao encontro dos demais, que comemoram o sucesso. Entretanto, enquanto o pessoal comemora, Caveira se distancia dos demais lentamente, mas é parado por Granizo e Rogério.
- Aonde vai, Agente 89?
- Será que dá pra parar de me chamar assim? Minha vida como essa praga já acabou faz muito tempo. Aliás, isso só me fez perder minha liberdade.
- Nós sabemos, mas não é por isso que queremos falar com você. Nós queremos que se uma ao nosso grupo.
- Grupo, pff... Isso parece mais um bando de gente que não sabe fazer uma ação conjunta. Eu to fora dessa. – Caveira tenta ir embora, mas é segurado pelo braço, por Granizo.
- Pelo menos pense a respeito. Nós fizemos uma coisa boa aqui hoje. – Diz Granizo, enquanto solta o braço do herói cadavérico, que sai do local.
Alguns dias se passam:
Num dos laboratórios da indústria Eletrojoule, o empresário Bernardo Rodrigues, junto de sua secretária, caminham por um dos corredores, que os levam à um elevador.
- Então, como vai a construção das manoplas que redirecionam energia?
- Está em fase final, senhor. Os cientistas só querem saber qual a cor escolhida pelo senhor.
- Que tal fugirmos um pouco do cinza convencional? Um azul estaria ótimo. Mas, lembre-se, essa história das manoplas não pode vazar para a empresa, senão seria uma confusão sem tamanho.
- Sim, senhor. Sigilo total.
Alguns quilômetros dali, no setor militar, o general Soles é convocado para uma reunião importantíssima. Ao chegar à sala de reuniões do local, este encontra vários militares do alto-escalão, de todas as divisões das forças-armadas. Entre eles estava o senador Marcos Assunção.
- Olá, general Soles. Sente-se, Temos muito a discutir. Devido à nossa fragilidade diante dessa invasão eu pude perceber que teremos de estar mais atentos, houver mais situações como essas. Exatamente por isso estou aqui. Venho comunicá-los que estou criando uma nova divisão para combater ameaças extra-séries. Se chama Programa Especial Governamental de Agrupamento de Superseres Ultra Secretos, a P.E.G.A.S.U.S.
- Mas senhor, as forças armadas podem muito bem...
- Não, general, não podem. Sua atuação nessa invasão foi ridícula. Vocês não estão preparados para uma crise dessa magnitude. Além disso, nossos cientistas da Azul Tecnologia conseguiram adquirir alguns corpos desses aliens. Os experimentos já começaram e temos alguns candidatos a cobaias. – Diz o presidente, que até então se mantinha calado.
O senador joga a pasta com as fichas dos inscritos. Dentre elas estava a ficha do tenente Rainer Felipe, que atuou na invasão, tentando destruir a nave-mãe kovariana.
Mais alguns dias se passam. Nayza deixa a Terra, voltando ao seu planeta natal, enquanto os membros da nova equipe se reúnem, a fim de dar um nome à esta. Exceto por Caveira, que não mais foi visto pelos outros, mas continua lutando contra o crime à sua maneira.
- Ah, qual é, vovô, Novos Bem-Feitores? Isso é tão tosco quanto turminha heróica.
- Não se exalte guerreiro da luz, as palavras dos mais velhos sempre devem ser ouvidas. Elas transmitem sabedoria.
- Acalme-se, pessoal, isso era pra ser uma reunião pacífica, a fim de escolhermos um nome par a equipe.
Estelar, até então calado, resolve se pronunciar:
- Que tal Força-Heróica? Sei lá, é só uma idéia.
Os outros integrantes olham para Estelar, que fica sem o que dizer, até que Fabricadora se pronuncia:
- Eu achei um bom nome.
- Também, achei maneiro, um pouco infantil, mas tá legalzinho.
Neste instante, um rádio bem antigo capta uma mensagem policial.
- Atenção, todas as unidades, um monstro intitulado Herege está atacando a igreja. Por favor, sejam rápidos.
- E isso ainda funciona? Bom, acho melhor vocês irem logo.
- Ele está certo, pessoal, vamos rápido.
Ao saírem do local, Granizo pára por um instante, sentindo a presença de alguém. Ao olhar para um dos prédios ao redor, o homem vê Caveira, companheiro na última batalha, olhando para os heróis. O homem, agachado, com uma arma em sua mão esquerda, faz um gesto com dois dedos da mão direita sendo levados à cabeça. Granizo repete o gesto. Assim, o herói cadavérico some e o herói gélido segue seus companheiros na luta contra o monstro que assola a igreja.
Em uma mansão longe dali, no Bairro Itamaré, um homem olha atentamente para sua televisão. Esta mostra imagens de toda cidade, inclusive os heróis combatendo o tal demônio. Com sua mão endireitando o anel em seu dedo, o homem, com uma voz rouca, fala:
- Esses heróis não perdem por esperar. Principalmente você, Bruno dos Santos...
Fim...?
Elenco:
Bruno dos Santos/Granizo
Amanda Andrade/Fabricadora
Francisco Fiorini/Caveira
Donato Machado/Poderoso Xangô
Lucas de Andrade/Luminos
Deivid Oliveira/Estelar
Rogério de Andrade
General Afonso Soles
Bernardo Rodrigues
Marcelo Abraão
Tenente Rainer Felipe
Presidente Henrique Montenegro
Senador Marcos Assunção
Doutor Sebastião Carmona
Princesa Nayza Kovarius
Capitão Darius Nassyr
Foda, como sempre, tu é foda manolow (Y)
ResponderExcluirhahahahahahaha, valeus, véio.
ResponderExcluirSó li a pequena parte da minha participação,mais algumas partes aqui e ali,e os créditos no final,mas é isso ai. Ficou foda,creio eu...
ResponderExcluirParabéns, Estelar. Pelo aniversário de 10 anos do dia em que a terra foi salva da invasão kovariana.
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