segunda-feira, 3 de maio de 2010

Prelúdio para a Invasão:

Prelúdio para Invasão:

“Guerra. Essa palavra circula em minha família há gerações. De onde eu venho escapar da guerra é algo improvável, ao menos que você seja um renegado. É isso que eu passo para meus filhos, para todos os três. Aqui, guerrear é uma arte tão antiga quanto cultuar algum Deus. Somos um povo que preza as lutas sangrentas, que dominam os povos derrotados, que colonizam todos que acham de bom proveito. Por mais que eu não goste de guerras, preciso continuar com elas para manter o nome de minha linhagem intacta.”

“Meu nome é Hamsink Kovarius, imperador do planeta Kovar.”

Sistema espacial Ka-nor, perímetro 3.54:

Várias naves de enfrentam no céu do planeta Tamars. Uma delas, gigantesca, pertence ao império kovariano. Dentro da tal nave, dois homens conversam.

- Capitão Nassyr, suas tropas parecem estar bastante encrencadas lá embaixo. Já é hora de chamarmos a Força Real para deter esses rebeldes.

- Não senhor, general! Meus soldados são perfeitamente capazes de liquidar essa pequena rebelião.

- Você chama essa revolta de pequena? Um contingente de 1500 kovarianos não consegue vencer uma tribo totalmente sem tecnologia. Vocês são uma negação.

Darius olha para o rosto do general e, cerrando os punhos, se vira e anda em direção a um soldado.

- Me escute bem, soldado, espero que seus companheiros destruam esse povo primitivo, antes que eu fique muito nervoso.

O general chega perto de Darius, colocando a mão em seu ombro e soltando um sorriso irônico. O capitão cerra os punhos mais uma vez e fecha o rosto. Os dois andam em direções distintas e, de repente, o general recebe uma ligação.

- General Turvan, quero um relatório da guerrilha em Tamars. Aliás, espero que estejamos vencendo, senão teremos que realizar certas... “dispensas”.

- Sim senhor, príncipe Zakhim.

Turvan olha para fora da nave e vê várias outras cercando a principal. Ele abaixa sua cabeça e, após puxar um pouco de ar para seus pulmões, grita:

- Capitão Nassyr, mande o resto de seu contingente ao solo Tamarsiano! Espero que vençam essa guerra, ou eu mesmo providenciarei suas mortes, seus bastardos!

Em outro canto da nave, Darius, sentado em um dos dormitórios, olha para a foto de uma mulher kovariana. Ele beija a foto e, logo em seguida, a coloca em seu bolso, secando as lágrimas que desciam de seu semblante. Em seguida, o homem sai pela porta, desolado...

“Eu sempre me questionava qual a finalidade para uma guerra. Disputa por poder? Supremacia étnica? Briga por terras? No entanto, nunca descobri a resposta. Até que, ao me alistar na tropa kovariana perdi o interesse sobre esses assuntos. Meu único objetivo desde então era a guerra. Mostrar que sou mais poderoso que todos. Ser notado por todos como uma força demolidora. Pouco a pouco, fui subindo os degraus da fama, até me tornar o líder do maior grupo militar de Kovar: A Força Real. Nada pode me parar, nada fará eu me desviar de meu verdadeiro caminho: A vitória!”

“Eu sou Darius Nassyr, líder das tropas kovarianas.”

Darius, ainda um pouco abalado devido às lembranças de seu passado, chega ao salão principal da nave e diz à plenos pulmões:

- Hoje é o dia em que acabaremos com esse conflito e incorporaremos mais um planeta ao nosso império! – Ao ver o general Turvan se aproximar, Darius o segura pelo braço. – General, posso falar com o senhor?

- Tire suas mãos de mim, seu bastardo. – Diz Turvan, com uma voz enraivecida.

Então o capitão retira uma arma de seu bolso e atira contra a barriga de Turvan, que cai no chão, causando um espanto em todos os soldados ali presentes. Darius chuta o corpo do general e, ainda com a arma empunhada, atira no rosto de seu superior.

- Adeus, meu general. Dê um abraço em meu irmão por mim... – O capitão rapidamente vira-se para seus subordinados e diz: - Como vocês podem ver, o general está morto. Isso significa que quem dá as ordens aqui sou eu. E a primeira é: joguem-no ao planeta Tamars...

Nova Capital, Centro:

“A minha vida toda eu passei lutando por um bem maior que nem mesmo eu acreditava. Tudo para provar ao meu pai que era digno. Tudo pra mostrar que eu era o filho que ele sempre sonhou em ter. Mas, mesmo me empenhando ao máximo, ele sempre olhava praqueles bebês. Um dia eu resolvi que não mais seria capacho do meu pai. Resolvi me aliar aos verdadeiros vencedores, os melhores. Me tornei um assassino e fui mandado ao passado pra assassinar meu próprio irmão. Eu sou um monstro, mas esse caminho não tem mais volta.”

“Meu nome é Erick Oliveira e eu sou um traidor...”

No alto de um dos prédios da cidade, três homens encapuzados, segurando uma criança, esperam por alguém. O homem mais a frente, aparentemente o líder, retira seu capuz. Seu rosto, com uma cicatriz em seu olho esquerdo, aparenta ansiedade.

- E então mestre, quando o tal moleque vai chegar?

- Não se preocupe Nazhik, ele vai chegar rápido. Se não chegar, a menina morre. – O rapaz esfrega suas mãos lentamente, em um gesto de ansiedade.

- Está ansioso, senhor?

- Não é óbvio, Gardin?

Neste momento, uma figura aparece ao longe, voando em direção aos três.

- Senhor... Finalmente ele chegou.

- Ótimo! – Diz o rapaz, enquanto recoloca seu capuz. – Vamos começar a reunião...

Neste momento Estelar chega ao local onde estavam os três sujeitos.

- Larguem a criança. – Diz o rapaz com um tom autoritário.

O homem à frente dos demais pega a criança e a joga de cima do prédio. Estelar, rapidamente, voa em direção à criança, agarrando-a antes desta cair no chão. O herói a coloca no chão e volta ao local onde os três estavam. Ao chegar ao alto, nota que os outros dois sujeitos haviam sumido do local.

- Onde estão os outros dois? – Pergunta Estelar, tentando forçar a mente do adversário.

- Seus truques telepáticos não funcionarão comigo, Deivid. Mas se você quer mesmo saber... Eles não são sua prioridade agora.

- Como sabe o meu nome? – Pergunta o rapaz, olhando fixamente para dentro do capuz do inimigo, tentando encontrar seu rosto.

- Isso não é importante agora. – Diz o homem, se virando para um dos prédios ao lado. E, apontando para este, diz: - Aquilo é...

BOOOM!

Uma grande explosão é ouvida. As pessoas, assustadas, começam a correr, gerando um grande tumulto no centro da cidade. O herói psíquico tenta voar para ajudar os civis, mas é seguro pelo sujeito encapuzado.

- Me solta!

- Você não vai a lugar nenhum, Deivid. Você tem que ver as pessoas sofrer, igual a mim. Você tem que passar por tudo que eu passei.

- Afinal, do que você ta falando?

- Eu estou falando de nós, pequeno Dave. Eu protegi você, sua irmã, seus pais. Eu protegi todo mundo. E o que eu ganhei? Fui jogado aos leões.

- Qual é a sua afinal?

- Qual a minha? – Diz o homem, ironicamente, enquanto retira seu capuz e manto. – Eu sou seu irmão, pequeno Deivid...

Enquanto isso, nas ruas da cidade, a população, em ritmo desenfreado, corre nas mais diversas direções. Há poucos instantes uma bomba havia explodido em um dos prédios locais. Ali perto, um dos sujeitos encapuzados observa toda a confusão que havia se formado.

- Hahahahahaha! Como esse povo é arcaico. Nem conseguem sair de uma situação de perigo de forma civilizada. – Neste momento o sujeito olha para o outro lado e nota a presença de alguns heróis. – Ora, ora, finalmente chegaram. A diversão vai começar.

- Arac, quero você e Violeta nos prédios. Explosão, você toma conta das ruas. Cadê o Inquisidor?

- Opa, perae, num sabe? – Pergunta Aracnídeo. – Ele num sai de dia, cara.

- Viadagem da porra também, hein... – Diz Caveira, empunhando suas armas. – Muito bem, aos seus postos!

Neste momento, os heróis se separam. Caveira corre em direção ao prédio onde estava a bomba. Aracnídeo e Violeta ficam um em cada prédio, esperando as ordens do herói Cadavérico. Enquanto isso, Explosão, da rua, é surpreendido por um dos sujeitos encapuzados que encarava Estelar.

- Então você é um dos patéticos heróis que protegem essa cidade... Interessante.

- Quem é você, seu filho da puta?

- Meu nome é Nazhik. Mas o povo do planeta que eu destruí me chama de... O Destruidor! – Neste momento, os braços de Nazhik começam a aumentar de tamanho rapidamente.

Com um golpe, o vilão estraçalha o chão onde está deixando apenas uma grande cratera. Explosão é jogado longe. Do alto de um dos prédios, Violeta contata Caveira.

- Explosão foi abatido, Caveira. O que fazemos agora?

- O que você acha que eu posso fazer? To meio ocupado agora... – Diz Caveira, ao se deparar com o outro sujeito encapuzado.

- Então você é o tal Caveira. Meu nome é Gardin. – Neste momento, uma poderosa corrente de ar envolve o corpo do inimigo. – Adeus, heroizinho.

Gardin eleva seus braços para frente, jogando uma corrente de ar fortíssima em direção à Caveira, que não consegue se esquivar. O vento o joga à metros de onde o inimigo estava. Gardin, ainda envolto pela forte ventania, voa em direção ao oponente, mas logo é atacado por outro membro do time de Caveira.

- Aí seu trouxa, tu ta fudido agora. – Diz Aracnídeo, pulando em cima do inimigo.

Entretanto, o rapaz é logo rechaçado pelos fortes ventos causados por Gardin.

- Vocês são ridículos achando que podem me vencer assim.

Neste momento, uma forte rajada energética atinge o inimigo.

- Atenção Legionários, ataque coordenado número 76. – Diz Enerjoule, líder do grupo. – Trilha, você e Polaridade controlem a multidão. Estrela Diurna, Supremo e eu o enfrentamos. – Ao se aproximar um pouco mais, Enerjoule contata o último membro da equipe. – Flor do Luar, está na escuta?

- Na escuta, Enerjoule.

- Ótimo. Me dê as coordenadas do local mais apropriado para um ataque. Vamos unir nossos golpes e atacar em um único ponto.

- Certo, espere apenas um momento.

- Seja rápida, por favor.

Perto de onde está Enerjoule, Estrela Diurna e Supremo esperam por instruções vindas de seu líder.

- Vamos lá, só me dê a ordem. – Diz Supremo preocupado. Neste momento, percebendo que Estrela Diurna estava dispersa, o herói pergunta: - Ei Diurna, o que houve?

A garota, porém, não dá a mínima atenção ao rapaz, e voa em direção ao ponto contrário de onde Enerjoule estava. Neste momento Supremo olha mais fixamente para o local.

- Ah, que ótimo. – Diz o rapaz, ao ver Estelar e outro sujeito se digladiando. – Enerjoule, temos problemas.

- É... Eu também tenho um problemão.

- Isso é sério, Estelar está em perigo e Estrela Diurna foi tentar ajudá-lo.

- E isso não é bom? – Diz o rapaz, em um tom irônico.

- Pelo que eu to vendo, esse cara é muito poderoso.

- Não podemos fazer nada. Temos que acabar com esse aqui primeiro.

Neste instante, nas ruas da cidade, Nazhik anda lentamente em direção à Explosão, caído.

- Você não é de nada, hein...

Finalmente o inimigo chega perto do herói, o pegando com seus braços gigantescos. No entanto, o herói explosivo joga algumas esferas no abdômen do inimigo, que logo explodem. O vilão solta seu oponente que, aproveitando de sua vantagem, retira uma corrente de sua cintura. Logo o herói a energiza, lançando-a em direção ao pescoço do inimigo. A corrente, feita de um material especial, se envolve no pescoço do sujeito. No entanto, mesmo energizada, esta não surte nenhum efeito.

- Que merda. Agora eu to fudido. – Diz Explosão, com um sorriso sem graça estampado em seu rosto.

No entanto, no momento em que o inimigo esmagaria seu adversário com suas mãos, este é parado por uma grande barreira de luz dourada.

- Desculpe interromper, mas me concederia a honra dessa dança? – Diz Luminos, em tom de brincadeira.

O rapaz de poderes dourados atira uma poderosa rajada luminosa no inimigo, que é cegado por um tempo. Tempo suficiente para que Luminos o envolvesse com uma grande esfera de luz. Nazhik tenta golpeá-la, mas é em vão.

Enquanto isso, no topo de um dos prédios, Estelar e seu suposto irmão continuam sua batalha. Estelar é pego pelo pescoço por seu inimigo e jogado em direção ao prédio. No entanto, antes que pudesse se chocar com o edifício usa sua telecinese, parando em pleno ar.

- E então, irmãozinho, pronto pra se render agora? – Diz o vilão, planando à frente de Estelar.

- Eu não tenho irmão! – Impulsivamente, o rapaz voa em direção ao inimigo, tentando atingi-lo, mas este se esquiva e, logo depois o segura pela capa.

- Sabe... Um herói que usa capa é até bonitinho. Mas numa luta de verdade é uma tremenda desvantagem. – Neste momento, o sujeito puxa o herói pela capa e, logo em seguida, o golpeia fortemente na barriga.

No entanto, no momento em que o vilão daria o golpe final, é interrompido por uma rajada energética.

- Estelar você está bem? – Estrela Diurna chega ao local.

- Ora, ora, se não é minha querida irmãzinha. – Diz o vilão, com um tom irônico.

- Erick? – Confusa e um pouco assustada, a jovem começa a flutuar para trás, como uma manobra de defesa inconsciente.

- Não vai dar boas vindas ao seu irmão que há tanto tempo não vê?

- Você conhece ele Diurna? – Pergunta o rapaz, ainda atordoado com os golpes que recebera.

- Ele é... Nosso irmão...

Neste momento, Enerjoule, dentro do jato dos Legionários, coordena a estratégia ofensiva da equipe. Supremo, na outra ponta, apenas encara Gardin, que rechaça todo e qualquer ataque usando seu turbilhão de vento.

- Supremo, fique de olho, vou pousar o jato e me colocarei em uma posição estratégica pra atacar.

- OK. – Neste momento, o rapaz olha para frente, frisando atrás de Gardin. – Ah, que merda, você não vai fazer isso...

Neste instante, Polaridade, controlando uma viga metálica com seu poder, a joga contra Gardin, em vão, pois esta é rechaçada. Entretanto, o vilão controla a força dos ventos e joga a viga contra a heroína. Polaridade tenta usar seu poder de magnetismo, mas é em vão. A viga, vindo direto em sua direção, parecia anunciar o fim da heroína, no entanto, uma barreira de energia de cor esverdeada protege a garota do choque.

- Você ficou maluca? Atacar esse cara desse jeito? E todo o treinamento que tivemos!? – Esbraveja Supremo.

- Foi mal, eu... Pensei que tivesse tudo sob controle.

- Sabe qual o problema? Você não pensou, é isso.

No entanto, enquanto os dois discutem, Gardin voa, lentamente, em direção a estes. O inimigo estende seus braços e uma poderosa corrente de ar começa a se formar. No momento em que o vilão usaria seus poderes contra os dois heróis, uma poderosa rajada energética é disparada contra suas costas, fazendo-o se virar rapidamente.

- Quem foi o infeliz que fez isso comigo? – Diz Gardin, irritado.

Neste momento, o vilão olha para o prédio ao lado e, furioso, voa naquela direção. Enerjoule, que havia disparado contra ele, o espera apreensivo. Gardin, então, dispara uma grande rajada eólica na direção do herói, mas este é salvo por Supremo.

- Valeu.

- Disponha.

- Você percebeu? Temos uma chance de acabar com esse aí.

- É. A barreira de vento dele num é impenetrável. Rajadas de energia funcionam contra ele.

- Isso. Só temos que criar uma distração e atacá-los por trás.

Mais abaixo, nas ruas, Explosão e Luminos têm problemas para enfrentar Nazhik. O inimigo, com suas mãos gigantescas, soca o asfalto, fazendo com que um terremoto derrube os heróis no chão.

- Mas que porra, esse cara num cai não?

- Porra é uma palavra muito feia. Melhor falar ejaculação.

Neste instante, enquanto os dois têm uma leve discussão, Nazhik se aproxima, mas é interrompido por Aracnídeo, que chuta a cabeça do inimigo.

- Porra, vocês vão ficar de putaria aí ou vão acabar com esse candango?

- Hahahahaha! Eu admiro a fé que vocês têm de achar que podem me vencer. Mas nem toda fé do mundo vai fazer vocês terem sucesso aqui.

- Neste instante, Nazhik levanta suas mãos e, rapidamente, as junta no alto. No entanto, quando o homem daria seu derradeiro golpe, um tiro atinge seu pé direito. Era Violeta que, de cima de um dos prédios, atinge o inimigo, com um tiro certeiro. Nazhik, com muita dor, se contorce no chão, dizendo:

- Seus malditos, eu vou acabar com vocês...

- Ah, cara, já cansei desse trolha. – Diz Luminos, fazendo um gesto de mãos. – Agora ele vai sentir meu golpe especial.

- Neste momento, o rapaz concentra uma grande rajada de energia luminosa em suas mãos.

- KAMEHAME-HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Uma poderosa rajada de energia luminosa sai de suas mãos em direção a Nazhik, varrendo tudo que encontra pela frente. Cansado, Luminos desaba, enquanto Explosão diz.

- Que merda foi essa que você falou, moleque?

Nos céus da cidade mais precisamente na batalha contra Gardin, Polaridade chama a atenção do inimigo, enquanto Supremo e Enerjoule esperam um melhor ângulo para o ataque.

- Flor do Luar, ache um ângulo melhor para atacarmos o inimigo!

- Ok, pode deixar. – Flor do Luar, direto do QG dos Legionários, analisa uma melhor posição para efetuar o ataque. – Achei! Mirem na nuca dele. Mais precisamente a 2,5 centímetros de sua orelha direita.

- Minha direita ou sua direita?

- Tá brincando, né?

- É lógico que eu to.

Neste momento, Gardin, aproximando cada vez mais das evasivas de Polaridade, começa a concentrar uma grande quantidade de ar em seus punhos. Quando o vilão jogaria a rajada eólica em sua adversária, o homem percebe que Supremo e Enerjoule o atacariam. Neste instante, o vilão vira-se e se prepara para atacá-los.

- Você não vai! – Diz Polaridade, se jogando contra o inimigo.

A “parede” de ar que o contorna impede que a heroína se aproxime mais, a rechaçando para longe.

Acalme-se, você será a próxima. – Diz o inimigo, sorrindo, virando-se para a jovem.

- Agora, Supremo! – Grita Enerjoule, com um tom autoritário.

Os dois lançam suas rajadas de energia que, perfeitamente, atingem a nuca de Gardin, perfurando-a. A corrente de ar que o cercava se desfaz pouco a pouco. Seu corpo, bastante pesado, cai rapidamente no chão, causando um grande estrondo.

- Conseguimos!

- É...

Enquanto isso, Estelar, ainda confuso, não entende a declaração da irmã.

- Você disse mesmo que ele é meu irmão?

- É... Ele é NOSSO irmão.

- Por que você nunca me disse isso antes?

- Eu vou dizer o porquê. Ela nunca disse isso à você porque ela tinha medo de você também se virar contra eles. Contra nossos pais. Contra os ideais ridículos dele. Sabe por que ele te mandou pro passado? Não foi pra salvar nosso futuro. Foi pra manter... Como posso dizer isso... Nossa “linhagem” intacta. No futuro você acabaria sendo morto ou utilizado como fantoche pelos kovarianos, não é mesmo irmãzinha? – Diz o rapaz, com um tom sarcástico, enquanto a jovem olha para baixo, em um gesto de constrangimento. – Aliás, pequeno Dave, sabe por que ele mandou nossa querida irmãzinha pra cá? Pra dar cabo da minha vida. Ele tinha medo de eu contar toda a verdade pras você. Do quão porco e canalha ele é. Mas pelo visto não adiantou. O nosso pai... O pai de vocês é um tremendo filho da p...

Antes que pudesse terminar a frase, Estrela Diurna, com sua mão direita, pega seu irmão pela cabeça e a bate com força na parede do prédio.

- Lave bem sua boca pra falar do nosso pai! – Diz a garota, com uma voz furiosa.

Erick se recompõe e ataca sua irmã. Os dois começam uma batalha ferrenha, enquanto Estelar continua parado, tentando entender o que acontecia. Estrela Diurna, usando seus poderes, tenta lançar uma rajada energética contra seu irmão, as este se esquiva e, logo depois, acerta um soco no abdômen da jovem. Mari, alter-ego de Estrela Diurna, tenta acertar alguns golpes em Erick, em vão. O rapaz, que parecia ter tudo sob controle, está pronto para dar o último golpe na heroína. No entanto, uma bala acerta seu braço esquerdo. O rapaz olha para traz, e vê um sujeito, de uniforme negro e máscara cadavérica, parado o enfrentando.

- Então você é o famoso Caveira. Prazer em conhecê-lo. Sou muito fã dos seus métodos.

- Aí, seu playboyzinho filho da puta, acho melhor largar essa garota, antes que eu encha seus córnos de chumbo.

- Bastante ameaçador. Exatamente como me contaram. Mas esse assunto é de família então, se não se importa, me dê licença.

Neste momento, Caveira, com um salto magnífico, pula para o prédio onde os outros estavam ficando frente a frente com Erick.

- Se o seu problema é de família, resolva com a Cristina Rocha. Mas essa cidade já sofreu demais com vocês e seus capangas.

Caveira aponta sua arma para o vilão que, rapidamente a segura. O herói cadavérico atira, mas o projétil não faz o efeito esperado.

- É só isso que tem? Gostava mais quando você era só uma história. – Erick segura o oponente pelo braço, lançando-o para fora do prédio.

Neste instante, enquanto Caveira caía, é salvo por Supremo, que também levava Enerjoule e Polaridade.

- O que ta pegando entre eles?

- Parece que os três são irmãos. E o Estelar ta parecendo um babacão lá, deixando a irmã se fuder sozinha.

- Legal, vamos ajudá-los.

- Não! Isso é uma coisa que eles têm que resolver entre si.

Erick, agora com caminho livre, anda lentamente em direção à Estrela Diurna.

- Seu maldito... Eu ainda vou acabar com você...

- Hahahahaha, você não entende, Mari? Eu venci. Tirei a principal peça do tabuleiro do jogo. Ele está confuso, desmotivado, sem nenhuma esperança agora. Você sem ele não é nada. Banca a forte, protetora, mas não passa de uma menininha assustada, querendo o colo do irmãozinho a cada situação de perigo que aparece. – Erick fecha seu punho e, com bastante raiva, tenta um golpe. – Morra bastarda!

Neste momento, uma barreira invisível impede que Erick ataque sua irmã.

- Erick, vou lhe dizer uma coisa. Se eu não soubesse exatamente o que você queria fazer, eu estaria fraco, confuso e totalmente sem esperanças, mas eu sabia desde o início que a escolha que eu fiz era a certa. Meu pai me mandou aqui porque acreditava em mim, e não por motivos mesquinhos. Eu sei disso, deu pra ver pelo seu tom de voz.

- Você é um idiota, Deivid. Tá sendo usado pelo seu próprio pai, mas é cego o suficiente pra não perceber isso. Seu destino tem que ser o mesmo da sua irmã... A morte.

Erick corre em direção ao irmão, a fim de lhe aplicar um golpe, enquanto Estelar permanece parado, esperando por este. No entanto, quando o rapaz seria golpeado, uma corda dourada envolve o punho do inimigo. Os Cavaleiros Urbanos, Legionários e Luminos chegam ao local.

- Tá vendo o porquê de NE eu nunca perder as esperanças, Erick? Eu tenho companheiros que confiam em mim, e isso já basta pra eu continuar na luta.

Neste momento, Erick aciona um dispositivo que faz o primeiro andar do prédio em que estes estão explodir, deixando os heróis que ali estavam um pouco confusos. Aproveitando-se desse momento, o vilão pula do prédio e, quando está quase chegando ao chão, se pendura em um mastro e cai, sem maiores problemas. Neste momento, o rapaz se encontra com Nazhik, bastante ferido.

- Onde está Gardin?

- Foi morto por esses heróis de merda.

- A situação ficou complicada, vamos bater em retirada agora.

Erick aciona outro dispositivo, que faz criar um portal, por onde os dois passam, desaparecendo logo em seguida.

- Pra onde eles foram? – Pergunta Luminos, se virando para Estelar.

- Não sei, mas acho que isso ainda não acabou.

Alguns dias depois, QG dos Legionários:

O grupo, depois de alguns dias de descanso, devido à luta contra Erick, irmão de Estelar e Estrela Diurna, se reúne novamente. Enerjoule, líder do grupo, começa a fazer seu discurso de abertura da reunião, mas logo é interrompido por Trilha.

- Ué, onde é que ta o Estelar?

- Bom, no meu bolso é que num ta. – Diz Enerjoule, ironicamente, mas um pouco irritado com a ausência do companheiro.

Neste momento, ao ser pronunciado o nome do herói psíquico, o telão liga automaticamente, revelando o rosto do rapaz. Logo, este faz um pronunciamento.

- Vocês devem estar se perguntando o porquê de eu não estar nessa reunião. Bom, devido à luta contra meu recém-descoberto irmão, eu não me sinto à vontade de partilhar minhas angústias com vocês. Sabem... as coisas que eu ouvi dele, confesso, mexeram um pouco comigo naquele dia... E ainda mexem. Não sei se estou em condições psicológicas de estar em uma equipe do porte de vocês. Então, a partir de hoje, estou me desligando temporariamente dos Legionários.

Os heróis que ali estavam, sem saber o que fazer, permanecem calados, enquanto Estrela Diurna, com lágrimas em seus olhos, sai da sala.

Setor espacial Kovariano:

O recém promovido General Darius Nassyr, após sair de uma conferência com o príncipe Zakhim, é comunicado de que alguém quer vê-lo imediatamente. O líder das tropas kovarianas chega ao local onde seus convidados indesejados estavam e, ao se deparar com eles, diz:

- O que querem aqui?

- Isso é jeito de tratar seus ilustres contribuintes?

- Vocês me disseram que trariam a cabeça desse suposto herdeiro do trono de Kovar e até agora nada.

- Acalme-se, senhor Nassyr. As coisas ficaram um pouco complicadas para nós apenas. Mas um exército kovariano arrasaria aquele planeta em um piscar de olhos.

- A Terra não me interesse. Nada lá possui valor pra mim.

- Lá existem recursos naturais inimagináveis em Kovar. Isso eu posso lhe garantir. Vamos lá, Darius, uma pequena invasão acabaria com aquele planeta, com o rapazinho kovariano e traria muitos recursos naturais para o império, e todos saem felizes.

Darius vira-se e, com um comunicador em seu ouvido, diz:

- Mudem o curso para o sistema 336. Nosso alvo é a Terra...

...continua em Invasão Kovariana: Estelar 1 e Invasão Kovariana 1...

5 comentários:

  1. Foda,cara.Saiu dos Legionários,po? kkkkkkk

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  2. heuaheuaheuaheua, abandonei, era muita represália...

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  3. Cara, não se atreva a parar de escrever porque tuas histórias são fodas e eu tô atrasado MUITOS episódios! ehauheu
    Tu é o melhor romancista do FHverso, desperdiça o talento não.
    Vou dar uma moral pra deixar teu template mais estiloso e atrair leitores que com certeza não vão se arrepender.

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  4. Putz, essa história é paralela ao "FHverso - o filme", que já conta a invasão de Kovar dentro do novo cenário? Vou ler com calma depois, mas tu podia fazer uma parada em sequência ao invéz de ficar rebootando, né? ehuaheu

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  5. Mas aquela é equivalente à um filme mesmo, é um projeto diferente, só praquilo. Essa é como se fosse passada pra hqs. Seria uma maxissérie, comoo as da Marvel/DC.

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